Pucón, explorando suas belezas naturais.

 

Terça – feira, 28 de setembro.

Logo cedo, o Cristian do Mirador Los Volcanes agendou nosso primeiro passeio que seria a escalada ao vulcão Villarica. Ele nos indicou a Paredon Expeditions. Os guias foram prontamente até a nossa cabana e nos explicaram tudo,  fizeram todas as recomendações e trouxeram algumas roupas para experimentarmos. Como o tempo não estava bom, não foi possível escalar neste dia. O passeio ficou marcado para o dia seguinte.

Logo pela manhã fomos até o mini centro de Pucón. A porção urbana da pequena cidade limita-se a poucas quadras, com aconchegantes construções. Caminhando por suas ruas, você verá muitos restaurantes, lojinhas de souvenirs e algumas agências de turismo que agendam os principais passeios pela cidade e seus arredores. Há uma casa de câmbio e até um cassino, este último um pouco mais distante. A existência de um vulcão ativo é constantemente lembrada…Pelas ruas da cidade, existem placas e semáforos de alerta para o caso de uma erupção e necessidade de evacuação:

Pucón 008

Pucón 022Pucón 021Fomos até o centro de informações turísticas, recolhemos todos os folders ( adoro catar folder nos lugares que visito!) e lá fizemos o nosso roteiro. Reservamos os nossos passeios no mesmo dia nas agências locais.

Nosso city tour incluiu uma passada na La Poza, uma pequena enseada no final da rua, com belos decks e algumas vendinhas de artesanato. Por lá, encontramos vários brasileiros com os quais frequentemente esbarrávamos pela minúscula cidade.

Centro de Pucón com o Vulcão Villarica ao fundp
Caminhando pelo centro de Púcon
La poza
La poza em Pucón
La poza em Pucón

Depois da rápida visita ao centro, fomos até o Parque Nacional Villarica, a principal atração da cidade. Dirigimos pelo meio da floresta e das trilhas um tanto complicadas para nosso inadequado carro, sempre nos guiando por placas e pelo nossos GPSs. Logo começamos a encontrar a neve da encosta do vulcão e muita neblina. Próximo a sua base se encontram as cuevas volcanicas.

As cuevas volcanicas são cavernas que se formaram com as erupções do vulcão. A lava que desceu pelas florestas, mesmo após ter esfriado e endurecido na superfície, continuou a abrir caminhos subterrâneos. A caverna aberta a visitação possui 45 metros de profundidade.

No local onde encontra-se a caverna, há uma grande cafeteria que possuía em seu interior uma enorme e providencial lareira para nos aquecer naquele frio de quase 0 graus. E foi por lá que aguardamos pela saída do passeio guiado por dentro da caverna. Apesar de estarmos na base do vulcão, não conseguíamos vê-lo por completo. A neblina encobria seu cume. Descobrimos que ali também funciona um parque que possivelmente só abre no verão para atividades como caminhadas, tirolesas e essas coisas que se faz em florestas.

Pucón 038

Entrada da cueva volcânica próximo ao vulcão villarica em Pucón
Entrada da cueva volcanica
Interior da Cueva
Trilha aberta pela lava incandescente após erupções do Vulcão Villarica
Trilha aberta pela lava incandescente após erupções do Villarica. No solo, por centenas de anos, nada irá brotar.

O passeio nas cuevas é muito interessante, mas se você não tiver muito tempo na cidade e não entender muito bem o espanhol, ele pode ser dispensável. Logo no início do tour você participa de uma exposição sobre geologia e vulcanologia. Dados são apresentados sobre as últimas erupções do Villarica e suas consequências destruidoras. Também conhecemos um pouco sobre o processo de monitoramento das atividades dos vulcões chilenos.  Na sequência, descemos e entramos na úmida e escura caverna. Mas uma vez o espanhol faz falta para compreender toda a explicação das formações nas paredes da caverna, da rota do magma, coisa e tal. Para quem é claustrofóbico esse passeio não é recomendável, pois descemos um bocado, caminhando sinuosamente até chegar a uma espécie de salão onde as poucas luzes são apagadas por alguns minutos para que fiquemos no completo breu ( esse é o tipo de gracinha que todo guia de caverna faz….rs). Este passeio caso seja realizado com uma agência, custa cerca de 30.000 pesos. Nós optamos por fazê-lo de forma independente pagando apenas o ticket que não chegou a 10 mil pesos.

Saindo da cueva,  pegamos as estradas por fora do centro e seguimos em direção à Caburga para visitar os Ojos de Caburga. Na verdade, Ojos de Caburga é uma bela cachoeira que fica em um parque afastado do centro de Pucón. Como fica bem para dentro do mato, penso que só de carro ou com um tour seja possível ir até lá. Paga-se um valor de cerca de 2000 pesos para estacionar o carro e faz-se uma longa caminhada bosque adentro até encontrar o belo refúgio.

Ojos de Caburga, cachoeira em Pucón

Ojos de caburga

Pucón é um destino de aventura e ecoturismo, mas pode ser também uma relaxante escapada romântica para quem, como nós, curte um gélido inverno, uma lareira e boa gastronomia.

Além dos parques naturais onde é possível percorrer trilhas, contemplar e se aventurar pelas corredeiras fazendo esportes radicais como rafting e canoagem, há também praias formadas pelos grandes lagos como o Caburga que servem para um bom descanso ou piquenique.  Mas para nós, um dos melhores atrativos de Pucón foram as termas. Existem dezenas de termas nos arredores de Pucón.

Deixamos os Ojos de Caburga e localizamos em um dos nossos folders a terma que nos pareceu ideal. Uma das mais rústicas: a Termas Los Pozones. No centro de informações turísticas tem o endereço de todas elas, foi só marcar no GPS.

Poço termal das Termas Los Pozones
Termas los pozones ( Foto retirada de: http://www.hostalvictor.cl)

De Caburga até essas Termas, foram quase 30 minutos de estrada. Não lembro ao certo o preço, mas acho que o ticket custou algo em torno de 5.000 pesos. O local consiste em um terrreno situado às margens do rio Trancura onde localizam-se alguns poços, ao ar livre, cada um com água a diferentes temperaturas que variam entre 30 e 45 graus. Ainda na estrada conseguimos avistar o local pela fumaça oriunda dos poços que subiam por centenas de metros acima. Os poços são formados por pedras. O chão é terra e grama. Não há nada ali além dos banhos. Como disse, é realmente rústico. Existem banheiros e umas casinhas com duchas. Em uma destas casinhas há um “buraco” pelo chão que dá acesso a um dos poços! E lógico que foi por ali que começamos! A única coisa ruim destas termas foi sair da água e correr no frio de um poço ao outro. A água é tão quente que não é recomendável ficar muito tempo nas piscinas.  “Pulando” de um poço ao outro, passaram-se duas horas no mais puro ócio relaxante. Saímos quando já estava escurecendo….Recomendadíssimo!!

Nem todas as termas são tão rústicas como a Los Pozones. Existem outras com melhor infraestrutura para os mais cosmopolitas e outras que se assemelham a SPAs. Muitas funcionam à noite. E como Pucón tem muita atividade de aventura, acredito que relaxar e se aquecer em uma das termas seja a melhor forma de terminar o dia.


Clique aqui para mais saber mais informações turísticas e o que fazer em Pucón

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