Viajar pela África do Sul sempre foi um grande sonho e durante os quase 20 dias acho que vivi alguns dos melhores dias da minha vida. Por aqui vou deixar minhas principais memórias e impressões por alguns dos lugares pelos quais passamos.

Embarcamos no final de setembro em São Paulo em um voo noturno da South African Airways com destino a Johannesburg. Chegamos no início da tarde e logo após completarmos a rotina de desembarque que incluía a compra de um chip de dados da Vodafone e a retirada do nosso carro, iniciamos nossa aventura pela cidade. Tudo muito simples e rápido. O aeroporto tem três ou quatro lojas de telefonia que oferecem diferentes opções de pacotes pré-pagos. Optamos apenas pela internet de modo que nos comunicaríamos com nossa família pelo What´s up e pelo Skype. Mais tarde perceberíamos também que o Waze seria nosso melhor amigo.

Na cidade, logo de cara, foi inevitável não perceber algumas semelhanças com o nosso Brasil. A cada sinal que parávamos, lá estava um pedinte, um ambulante ou um limpador de vidros com aquele rodinho sujo típico das cidades brasileiras. Johannesburg é uma cidade com aspecto árido, ampla, porém bonita. Em nosso caminho rumo ao Holiday Inn em Sandton percorremos grandes e belas avenidas sem nos dar conta de que estávamos em uma cidade. Pois é, considerando os trechos que percorremos, notamos que as grandes avenidas circundam os bairros sem que seja necessário entrar neles. Acho que deixamos de conhecer um bocado de coisas graças ao carro. Também fiquei com a impressão de que circulávamos apenas em  bairros de classe média e alta.

Sandton é um belo bairro, uma espécie de “zona sul” da cidade e o Holiday Inn fica a pouquíssimos minutos da Nelson Mandela Square e do Shopping Sandton City, um dos maiores shoppings da África do Sul, local que escolhemos para seguramente realizar nossas operações de cambio. Nas proximidades deste hotel, para quem está de carro, existem várias galerias com lojas, mercados e tudo mais que você precisar. Para nós dois, Holiday Inn costuma ser sinônimo de cama dos sonhos e boa relação custo x benefício, mas lá eu diria que foi mais ou menos isso. O hotel é lindo, mas o café da manhã deixou a desejar para quem esperava um café com pães, panquecas e bolos. O café guarda mais semelhança com um pitoresco almoço. O estacionamento era uma despesa diária, muito embora fosse possível encontrar vagas no entorno, mas preferimos não arriscar. A cama, maravilhosa sim, vinha acompanhada de um terrível e constante barulho oriundo de uma construção bem ao lado que por acaso correspondia a nossa bela vista do quarto. Mas ok, daqui a algum tempo isso não será um problema para futuros hóspedes. O mais bacana do hotel era uma van que levava, de hora em hora, os hóspedes ao centro comercial, onde ficam os shoppings e a praça Mandela; o quê também não é indispensável, pois em 10 ou 15 minutos a pé você chega no local.

Sempre que chegamos em uma cidade, nosso primeiro dia é dedicado a um rápido reconhecimento das redondezas.  Por isso, neste dia optamos por apenas visitar a Mandela Square à noite, até porque o shopping lá fecha às 20h!! Algo muito diferente da nossa realidade brasileira e que impactava diretamente em nosso roteiro, além disso, o câmbio só era possível até às 17h, dentro do shopping.

A Nelson Mandela Square é uma “pracinha” que lembra muito o estilo do shopping Downtown no Rio.É linda e te recepciona com uma gigantesca estátua do Nelson Mandela rodeada de turistas posando para fotos. Por lá há diversas opções de bares e restaurantes, mas , como somos muito criativos e ousados, optamos pelo tradicional Hard Rock Café….

Posteriormente viemos a saber que a região de Sandton é fácil e rapidamente conectada com o aeroporto internacional pelo trem The Gautren que faz o referido percurso em torno de 15 minutos, além de se conectar com outros transportes, fazendo desta região uma boa opção para se hospedar, mesmo sem carro.