
Dia 3: Safári de Balão em Magaliesburg com Bill Harrop
Devo confessar que o roteiro que realizamos em Johannesburg não é muito convencional. Como não curtimos muito cidades grandes e a África do Sul não é lá o melhor destino para museus, continuamos a focar em natureza e vida selvagem, e por lá descobrimos várias atrações interessantes.
No terceiro dia de viagem deixamos o hotel por volta das 4:30h e dirigimos por cerca de uma hora, talvez um pouco mais, pela rodovia R560 até a região conhecida com Cradle of Humankind, para embarcar em um gigantesco balão de ar quente que partiria de algum ponto em Magalies River Valley, em Magaliesburg.
Reservamos este passeio com um mês de antecedência por meio do website do Bill Harrop’s ‘Original’ Balloon Safaris, após muitas pesquisas na internet ( aprox. R$ 500,00 reais por pessoa). A reserva foi realizada por e-mail, porém na hora de confirmá-la seria preciso passar os dados do cartão de crédito pelo e-mail. Com certo receio deste procedimento, resolvemos enrolá-los com este pagamento até o dia em que chegamos em Johannesburg (muito feio isso, não é?). Assim, no mesmo dia em que chegamos e logo após o check in no hotel, lá fomos nós até o escritório do Bill Harrop para acertar o pagamento e pegar um mapa com todas as diretrizes para chegar no local de embarque, que fica a dezenas de quilômetros de Johannesburg. Nota: Sinceramente, agora que conheço a equipe e a infraestrutura, tanto do escritório como da chácara de onde os balões partem, acho bobagem não pagá-los via e-mail. 🙂
Dirigir até a tal chácara pela madrugada já foi uma aventura a parte. As ruas escuras e desertas de Johannesburg logo deram lugar a estradas ainda mais desertas em uma localidade bastante rural. Eram poucas, porém suficientes as placas, entretanto, mais importante que o GPS foi o mapa de papel que nos deram no escritório com várias marcações e sinais de referência. Chegamos no local por volta de umas 5:40h, depois de acharmos por mais de uma vez que havíamos nos perdido pelas rodovias. Ainda estava escuro e devia fazer algo em torno de 12 graus, então, estava muito frio!! Eu não me recordo o porquê, mas saímos bem agasalhados apesar do clima quente que fizera nos dias anteriores.

Como citei acima, o local de encontro é uma espécie de chácara. Uma linda chácara. Logo cedo você é recepcionado pela equipe do Bill com café, chocolate quente e biscoitos para comer ao redor de lareiras observando os balões serem enchidos e se erguerem do chão enquanto o sol nasce. Um espetáculo à parte. Só por esta cena eu acho que já valeu o passeio.


Neste dia subiram aos céus três balões com cerca de dez pessoas em cada um dos cestos. Para você ter uma ideia de como é, imagine-se em um porta talheres de vime, desses que encontramos em cozinhas, e acrescente uma labareda bem quente no topo da sua cabeça. Então, foi mais ou menos assim que começamos, bem lentamente, a deixar a superfície da terra. Bem lentamente, subindo e descendo, assistindo o sol nascer e sentindo uma brisa leve, que nos fizeram esquecer que era o vento e o fogo que nos carregavam.




A paisagem, composta por campos verdes e montanhas, é bem bonita. Alguns animais estão lá embaixo, mas são animais das fazendas e sítios locais. Não é um safári de verdade, portanto, não espere encontrar animais selvagens. Honestamente? Isso era o que menos importava.
Acredito que o voo tenha durado uma hora, mais ou menos. A descida, não tão planejada e previsível como a subida, foi num matagalzinho a dez minutos de carro de onde embarcamos. Ali, outro grupo se preparava para embarcar e iniciar seu passeio, enquanto nós brindávamos com alguns copos de champanhe oferecidos pela equipe.
Minha impressão foi de que o primeiro horário de voo é o mais bonito. O segundo grupo que embarcou no mato perdeu o encanto do amanhecer, portanto, fica a dica!


Enquanto Bill procurava um local para descer o balão, sabe Deus como, dava para notar uma van seguindo pela estrada e foi ela que nos trouxe de volta à chácara, onde um maravilhoso e farto café da manhã nos aguardava por volta das 7h.
Então o dia estava só começando e, aproveitando que estávamos na região conhecida como Cradle of Humankind, no retorno, visitamos o museu Maronpeg e o Rhino & Lion Nature Reserve. Falamos sobre os mesmos nos posts: Explorando o Rhino and Lion Park e a caverna Wondercave e no post Fósseis humanos e cavernas em Cradle of Humankind: o berço da humanidade na África do Sul.
Dicas: Se você tem pouco tempo em Johannesburg recomendo tentar fazer este passeio logo no primeiro ou segundo dia, uma vez que ele é suscetível às condições climáticas. Como o passeio acaba bem cedo é tranquilo conjugá-lo com visitas ou Rhino & Lion Park ou ao Lion Park , e ainda dá para fazer uma parada no museu Maronpeg.
Olá,
estou muito animada com as postagens, fiquei na dúvida entre Cidade do Cabo e Joanesburgo. O que você recomenda para conhecer em julho (de 7 a 10 dias)?
Obrigada
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