Cenas de um filme de fantasia, natureza esplêndida e uma sucessão de suspiros a cada passo da caminhada que revela um novo ângulo de parte das 275 quedas que formam as majestosas Cataratas do Iguaçu, localizadas no Parque Nacional de Iguaçu – a maior reserva de mata atlântica do sul do nosso país. Essa maravilha da natureza foi tombada pela UNESCO em 1986 e eleita em 2011 uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo e se isso tudo ainda não for suficiente para você ir conhecê-la, nos próximos posts vamos fazer você querer definitivamente colocar as Cataratas do Iguaçu na sua bucket list!
Tudo começou com uma parceria firmada com o Hotel Best Western Tarobá e a agência Combo Iguassu. Apesar de eu sempre ler muito sobre destinos para ecoturismo e sempre ter tido vontade de conhecer as Cataratas, essa era uma viagem que nem aparecia na nossa pequena listinha de “próximas viagens nacionais”…Para nós, Foz do Iguaçu era apenas uma catarata…
Há 150 milhões de anos, um gigantesco canyon se formou entre as florestas de mata de atlântica por onde cruzam as águas do Rio Iguaçu. Próximo a sua foz estão as maiores quedas do planeta, em volume de água. As cataratas formam cortinas de água que se estendem por cerca de 2700 metros e caem de uma altura de até 90 metros. Dependendo do volume de água, a quantidade de saltos e quedas pode variar de 150 a 270. Para você ter uma ideia, 10 milhões de litros por segundo é o volume médio de água das cataratas e para melhor apreciar esta maravilha o ideal é visitá-la no período das cheias.
Para conhecer as Cataratas do Iguaçu de verdade, é imprescindível visitar os seus dois lados, até porque mais da metade das quedas d’água estão na verdade na Argentina, que vai ser o foco de outro post. Neste aqui nós vamos relatar como foi o nosso passeio pelo Parque Nacional de Iguaçu e como foi tomar uma banho nas suas cachoeiras com o Macuco Safári.
Conhecendo o Parque das Cataratas
Visitar o Parque das Cataratas dá orgulho a qualquer brasileiro, não apenas por sua beleza natural, mas porque nosso país oferece uma excelente infraestrutura ao visitante. Um complexo turístico foi inaugurado em janeiro de 2001 e está totalmente integrado à natureza. Em diferentes pontos do parque nós encontramos lojinhas de souvenires, cafeterias, restaurantes e banheiros.
Para circular pelo parque o ideal é utilizar o ônibus turístico que parte a cada 15 minutos do centro de visitantes e para nas quatro estações ao longo do percurso que leva até a garganta do diabo – a maior e mais impressionante queda do lado brasileiro das cataratas. Em cada estação, há uma aventura a sua espera e uma delas é o Macuco Safári.

Na proa do Macuco Safári: um banho imperdível nas cataratas
O Macuco Safári não é qualquer passeio de barco, é O PASSEIO de barco!! Mas o passeio começa bem antes de alcançarmos as margens do Rio Iguaçu.
No centro de visitantes embarcamos no ônibus do parque e descemos na estação Macuco Safári, que é a segunda parada deste ônibus. Ali, você pode adquirir seu ingresso e já guardar as suas coisas em um dos armários.


Em menos de 10 minutos fomos chamados a embarcar em um dos carrinhos elétricos que nos levaria até a entrada de uma trilha, a cerca de quinze minutos dali. O carrinho percorre uma trilha de terra pela floresta adentro enquanto o guia explica sobre a flora e a fauna local até a entrada da trilha que é opcional. Então se você quiser moleza, pode continuar no carrinho até o final. Mas nós não! Queremos aventura, queremos mato, queremos onça! A caminhada na mata é guiada, pois há o risco real de você se encontrar com uma das 17 onças que habitam a reserva do Parque do Iguaçu! Não é mentira gente, elas estão por lá.
A trilha em si é bem tranquila e qualquer pessoa sem preparo físico e fora de forma, que inclusive é o nosso caso, pode fazê-la! Por todo o percurso há uma passarela de madeira e em alguns trechos, degraus. Na trilha há duas paradas bacanas: uma cachoeira e em uma espécie de piscina artificial, que segundo nosso guia, teria sido construída há centenas de anos por indígenas que ali viviam. Será papo de guia??



Após uns 20 minutos de trilha, eis que surge a estação do Macuco. Na estação tem uma loja de lembrancinhas, vestiários e armários que podem ser alugados por R$ 10,00 reais. Estes armários são mais convenientes do que aqueles lá da estação da primeira estação, onde compra-se o ingresso, pois ficam do lado do vestiário. Gente, em um primeiro momento achei besteira esse negócio de trocar de roupa, até porque nós nem tínhamos roupa para trocar. Mas vi todo mundo trocando, coisa e tal. Foi quando resolvemos nos livrar das mochilas, câmeras, casacos e até nossos tênis. Sábia decisão! Mais tarde percebi que devíamos ter nos livrado da calcinha e da cueca também…rs!!
Não se deve levar nada para o barco, nada mesmo. No máximo a sua GoPro ou seu celular com capinha a prova d’água!
Para embarcar no bote inflável e motorizado , pegamos um funicular que nos desceu até a margem do rio. Decidimos sentar na proa do bote, porque os dois assentos vazios estavam molhados…rsrsrs. Oi?!! É não faz nenhum sentido fugir do molhado.

No primeiro trecho de navegação, o rio pareceu bem tranquilo e o piloto (?) faz algumas manobras mais ousadas , fingiu que o bote “atolou” nas corredeiras, tudo para dar mais emoção.
Fizemos uma breve parada em um trecho calmo do rio na fronteira aquática com a Argentina e de repente lá estavam elas, as cataratas, imensas, desaguando furiosamente sobre o leito do rio. Foi o nosso primeiro encontro. Fizemos uma sessão de fotos – daquelas que serão vendidas a você no final do passeio.
Passado um tempinho, o bote seguiu em direção ao lado tupiniquim das cataratas. Logo uma nuvem de vapor ofuscava a nossa vista e em questão de segundos o bote virou para a direita e embicou para as quedas – os Saltos 3 Mosqueteiros. Dali em diante tudo aconteceu muito rápido e de forma emocionante e divertida. Não pudíamos enxergar mais nada, mal podíamos manter os olhos abertos. Sentimos a força das águas desabando em nossas cabeças, afinal estávamos na proa! Aquela água gelada atravessava todos os buracos das nossas roupas e escorria até mesmo pelas costas como se estivéssemos nus.

Por duas vezes a proa do barco mergulhou na cachoeira e todos os passageiros se banharam. Talvez os últimos lugares não tenham sentido tanto a força da água como nós. Batizados pela águas do Iguaçu, retornarmos e seguimos saltitando no sentido da correnteza e de volta à estação. A esta altura, já nem me incomodava mais com os respingos, até que mais uma manobra radical trouxe um tsunami que nos arrebatou pelas costas.
O passeio no macuco safári é mesmo uma experiência única. Não é um passeio barato, só que vale cada centavo. Por outro lado, não é para qualquer idade!
Na volta retornarmos com o carrinho elétrico ate a estação do ônibus de onde partimos rumo a trilha das cataratas.
Trilha das Cataratas: a visão panorâmica das quedas Argentinas
O conjunto de passarelas que formam a Trilha das Cataratas começa na altura do Hotel das Cataratas e termina na Garganta do Diabo – o clímax das cataratas. A trilha tem pouco mais de 1km de extensão e proporciona vistas incríveis para as Cataratas do Iguaçu. Difícil é disputar um espaço nos vários mirantes de observação para fazer a foto perfeita.


A Garganta do Diabo é o ponto que mais impressiona e o mais bacana é que a trilha termina no nível do rio. As passarelas cruzam a o trecho bem em frente a queda da Garganta e vão até o penhasco que permite avistar parte do trecho argentino da garganta, se você conseguir manter seus olhos abertos!
Se você está pensando em não fazer o macuco para não se molhar, esqueça! Quando chegar na garganta e atravessar a passarela será impossível se manter seco. Proteja a sua câmera!
Deixamos as cataratas brasileiras por uma saída que pode ser também o seu ponto de partida, o elevador panorâmico que dá acesso à última estação de embarque do ônibus: a estação Porto Canoas fica no nível do trecho alto do Rio Iguaçu. Ali também há um centro de visitantes com lojinhas, praça de alimentação, além do restaurante Porto Canoas, onde é possível almoçar em um deck sobre o rio.




#dica1: Não faça com nós. Deixe para fazer o Macuco Safári no final do seu passeio. Faça a trilha das Cataratas, visite a Garganta do Diabo e no retorno desça na estação do Macuco Safári, especialmente se não tiver uma muda de roupas para trocar após o passeio.
#dica2: evite visitar as cataratas no período de Junho a Julho que é uma época em que a região recebe menor volume de água, podendo secar as cataratas. Eu não acreditava nessa possibilidade até ver as fotos do blog Próxima Trip.
#dica3: o passeio do macuco leva em torno de 2 horas e a trilha das cataratas pode levar 1 hora e meia, se você acelerar o passo. Se você tiver o dia todo, vale parar na primeira estação e fazer também a Trilha do Poço Preto, um percurso de 9 km com ponte pênsil, lagoas e passeios de barco. O blog Por Aí com os Pires conta como é este passeio aqui.
Leia mais sobre Foz do Iguaçu:
Onde ficar em Foz do Iguaçu: hotel Best Western Tarobá
O que vale a pena fazer em Foz do Iguaçu ( e o que não vale tanto)
Informações úteis
Horário: diariamente de 9h às 17h
Ingressos: R$ 33,00 reais, adulto. Crianças e idosos pagam meia entrada.
Os ingressos podem ser adquiridos pela internet.
Macuco Safári
Ingresso: R$ 198,00. Crianças e idosos pagam meia entrada.
Opcionalmente você pode fazer só a trilha e o passeio no carrinho elétrico. Neste caso, o ingresso inteiro custa R$99,00.
O banho nas Cataratas renova as energias, ainda mais de vocês que estavam bem na ponta hehe, qual a época vocês fizeram a visita nas Cataratas? Acredito que o verão, é uma das melhores épocas, né!? Aqui nesse blog [EDITADO]localplanet[EDITADO] tem mais informações sobre passeios.
CurtirCurtir